Ouro: O Guia Completo para Investir no Metal Mais Valioso do Mundo.

 

Autor: Murillo Soares

Data: 03 de Julho de 2025

Tempo de Leitura: 12 minutos


 

 Por Que o Ouro É Chamado de “Rei dos Metais” e Por Que Ele Ainda Importa?

 

Imagine se você pudesse comprar hoje algo que suas tataranetas ainda considerarão valioso daqui a 200 anos. Parece impossível? Pois é exatamente isso que o ouro representa!

Há mais de 5.000 anos, o ouro é sinônimo de riqueza e segurança. Enquanto impérios subiram e caíram, moedas perderam seu valor e crises varreram economias inteiras, o ouro manteve sua majestade.

Como disse o lendário investidor Ray Dalio, um dos maiores gestores de fundos de todos os tempos: “Aqueles que não possuem ouro não entendem a história.”

Mas calma – antes de sair correndo para comprar barras de ouro, você precisa entender que investir no metal dourado em 2025 é muito diferente de guardar moedas em baús como os piratas.

Hoje, temos formas modernas, práticas e seguras de investir em ouro, que se encaixam na realidade do investidor contemporâneo.

Neste guia completo do EvoluiInvestTV, vou te mostrar tudo sobre o ouro como investimento: por que ele é tão especial, como funciona e, principalmente, como você pode incluí-lo na sua carteira de forma inteligente, estratégica e segura.

Prepare-se para descobrir o brilho da segurança e a solidez de um ativo milenar!


 

Por Que o Ouro É Considerado o “Seguro” dos Investimentos?

 

A reputação do ouro como “porto seguro” e “reserva de valor” não é à toa. Ele possui características únicas que o tornam um ativo diferenciado, especialmente em cenários de incerteza:

 

1. Proteção Contra a Inflação

 

Sabe quando seu avô falava que “antigamente, com 1 real, comprava isso e aquilo”? É a inflação corroendo seu dinheiro! O ouro funciona como um escudo natural contra essa perda de poder de compra.

Exemplo prático: Em 1980, com 1 onça de ouro (aproximadamente 28,35 gramas) você comprava cerca de 300 cafezinhos. Hoje, com a mesma onça de ouro, você ainda compra aproximadamente 300 cafezinhos. O poder de compra do ouro se manteve ao longo do tempo, protegendo seu capital da desvalorização monetária.

 

2. Segurança em Crises (O Famoso “Voo para a Qualidade”)

 

Quando o cenário econômico ou geopolítico fica turbulento, investidores em todo o mundo tendem a migrar para ativos que consideram mais seguros – e o ouro está sempre no topo da lista. É como aquele amigo que sempre está lá nos momentos difíceis.

Exemplos históricos:

  • 2008 – Crise dos Subprimes: Enquanto as ações despencavam globalmente, o ouro disparou cerca de 25% em resposta à incerteza.

  • 2020 – Pandemia de COVID-19: Com a incerteza global sem precedentes, o ouro bateu recordes históricos de preço, agindo como refúgio.

  • 2022 – Guerra na Ucrânia: O ouro novamente foi procurado como porto seguro diante do conflito geopolítico.

 

3. Diversificação Inteligente para sua Carteira

 

Como ensina Harry Markowitz, ganhador do Prêmio Nobel de Economia e pai da Teoria Moderna do Portfólio: “Diversificação é a única refeição grátis no mercado financeiro.”

O ouro se comporta de forma inversa ou com baixa correlação a outros ativos financeiros, como ações e títulos de dívida. Isso significa que, quando as ações caem, o ouro geralmente sobe ou se mantém mais estável, e vice-versa.

É como ter um paraquedas em sua carteira de investimentos, suavizando as quedas e reduzindo a volatilidade geral.

 

4. Escassez Natural e Valor Intrínseco

 

Diferente do dinheiro fiat (real, dólar, etc.), que os governos podem imprimir à vontade, o ouro é um recurso limitado na natureza. A estimativa é que todo o ouro já extraído na história caberia em apenas 4 piscinas olímpicas! Essa escassez inerente, aliada à sua durabilidade e aplicações industriais (joias, eletrônicos), contribui para a manutenção de seu valor no longo prazo.


 

As 5 Formas de Investir em Ouro no Brasil: Escolha a Certa para Você

 

Existem diversas maneiras de ter exposição ao ouro no mercado brasileiro. Cada uma delas possui características específicas de custo, liquidez, praticidade e risco. Escolha a que melhor se alinha ao seu perfil e objetivos:

 

1. Ouro Físico: O Clássico (Mas Complicado e de Alto Risco)

 

  • Como funciona: Você compra barras, moedas ou joias de ouro físico.

  • Vantagens: É tangível – você pode tocar e ver seu investimento, o que oferece uma sensação de segurança para alguns. Não depende de terceiros como corretoras ou bancos para a custódia.

  • Desvantagens (Atenção redobrada!):

    • Custos de armazenamento: Se for uma quantidade significativa, exige cofre bancário (R$ 50-200/mês, por exemplo) ou local seguro em casa, gerando despesas contínuas.

    • Seguro obrigatório: Para proteger seu ativo contra roubo ou perda.

    • Dificuldade para vender: A liquidez é baixa. Você não vai no supermercado trocar ouro por leite. Encontrar um comprador rápido e pelo preço justo pode ser um desafio, e geralmente há um spread (diferença entre compra e venda) alto.

    • Risco de roubo e perda: Você assume diretamente o risco físico do ativo.

    • Dificuldade de autenticação: Para um leigo, é difícil verificar a pureza e autenticidade do ouro.

  • Para quem: Colecionadores, entusiastas ou quem busca uma reserva de emergência MUITO de longo prazo e está disposto a lidar com os altos custos e baixa liquidez. Não é a opção recomendada para a maioria dos investidores que buscam rentabilidade e praticidade.

  • Onde comprar: Ourominas, Casa da Moeda, joalherias especializadas e de boa reputação.

 

2. Contratos Futuros de Ouro (Negociados na B3): Para Investidores de Altíssimo Risco

 

  • Como funciona: Você negocia contratos de ouro na bolsa de valores (B3), através de uma corretora, sem precisar comprar o metal físico. Basicamente, você aposta na variação do preço do ouro em uma data futura.

  • Vantagens: Alta liquidez (compra e vende em segundos no pregão). Sem custo de armazenamento do ouro físico. Possibilidade de alavancagem (você pode operar com um valor financeiro maior do que o capital que possui em conta na corretora).

  • Desvantagens (Atenção Máxima! Altíssimo Risco!):

    • Alta volatilidade: O preço dos contratos futuros oscila muito e rapidamente, expondo o investidor a perdas significativas em pouco tempo.

    • Risco de alavancagem: A alavancagem amplifica tanto os ganhos quanto as perdas. Em caso de movimento contrário ao esperado, as perdas podem ser maiores que o capital investido, exigindo depósitos adicionais (chamados de “margem”).

    • Exige conhecimento técnico aprofundado: Não é uma operação para amadores. Demanda um entendimento sólido do mercado futuro, suas regras e estratégias de gerenciamento de risco.

  • Para quem: Traders extremamente experientes e investidores com perfil arrojado ao extremo, que buscam especular com a variação do preço do ouro no curtíssimo prazo. É altamente desaconselhável para iniciantes ou investidores de perfil conservador/moderado.

  • Código na bolsa: OZ1D (contrato futuro de ouro).

 

3. Fundos de Investimento em Ouro: Gestão Profissional e Mais Acessível

 

  • Como funciona: Você compra cotas de fundos de investimento que têm como objetivo investir em ouro, seja em contratos futuros, ETFs de ouro ou até ouro físico custodiado por uma instituição. A gestão é feita por profissionais do mercado financeiro.

  • Vantagens: Gestão profissional (as decisões de investimento são tomadas por especialistas). Diversificação automática (o fundo pode investir em diferentes formas de ouro). Investimento inicial baixo (muitos fundos permitem aportes a partir de R$ 100,00 ou R$ 500,00). Sem preocupação com armazenamento ou segurança do ouro físico.

  • Desvantagens:

    • Taxa de administração: Os fundos cobram uma porcentagem do valor investido pela gestão (geralmente de 0,5% a 2% ao ano).

    • Não há garantia de rentabilidade: O desempenho do fundo depende da variação do preço do ouro e da gestão do fundo.

    • Tributação como renda variável: Os ganhos são tributados como renda variável.

  • Para quem: Investidores que buscam exposição ao ouro de forma mais simples, com gestão profissional, e que não querem se preocupar com os detalhes da negociação direta. Bom para iniciantes com perfil moderado a arrojado.

  • Exemplos de fundos (faça sua pesquisa e leia o regulamento): BTG Pactual Gold FIC FIM, Safra Ouro FIC FIM, XP Ouro FIC FIM.

 

4. ETFs de Ouro (Exchange Traded Funds – Negociados na B3): A Opção Mais Prática e Eficiente

 

  • Como funciona: Você compra cotas de ETFs (Fundos de Índice) que replicam o preço do ouro, negociados diretamente na bolsa de valores (B3) através de uma corretora. O principal ETF de ouro no Brasil é o GOLD11.

  • Vantagens: Baixíssimo custo (taxas de administração significativamente menores que as de fundos tradicionais, ex: GOLD11 com 0,57% ao ano). Alta liquidez (facilidade de comprar e vender as cotas na bolsa). Diversificação instantânea (exposição ao preço do ouro de forma eficiente). Fácil de comprar (processo similar ao de comprar uma ação comum).

  • Desvantagens:

    • Volatilidade: O preço do ETF varia diretamente com o preço do ouro, que pode oscilar no curto prazo.

    • Tributação sobre ganhos: Incidência de Imposto de Renda sobre o lucro na venda das cotas (geralmente 15% a 22,5%, dependendo do prazo).

    • Não é Ouro Físico: Embora o ETF seja lastreado em ouro (ou em contratos futuros), você não possui o metal físico.

  • Para quem: A maioria dos investidores que busca uma forma eficiente, de baixo custo e com boa liquidez para ter exposição ao ouro, com foco em diversificação de carteira no longo prazo.

 

5. Ouro Digital: A Inovação Brasileira (Custodiado por Terceiros)

 

  • Como funciona: Algumas corretoras e plataformas financeiras brasileiras oferecem a compra de ouro digital, onde você adquire frações de gramas de ouro que ficam custodiadas pela própria plataforma.

  • Vantagens: Sem custos de armazenamento ou seguro. Possibilidade de comprar frações pequenas (acessível para pequenos investidores). Liquidez diária (facilidade para vender suas frações).

  • Desvantagens:

    • Ainda é uma novidade no Brasil: O mercado ainda está se consolidando, e pode haver menos opções de plataformas.

    • Depende da solidez da corretora: Você confia na custódia de um terceiro.

    • Taxas podem ser mais altas em comparação aos ETFs.

  • Para quem: Investidores que buscam uma forma moderna e prática de ter ouro sem as desvantagens do físico, mas que estão cientes de que a custódia está com a plataforma.

  • Exemplos: Ouro Mina (via plataformas como o Cointrader Monitor), Ouro Preto Digital (através de algumas corretoras parceiras).


 

Análise Comparativa: Qual Escolher para a sua Carteira?

 

Para te ajudar a decidir, veja um resumo das modalidades:

Modalidade

Custo

Liquidez

Praticidade

Risco

Ideal para

Ouro Físico

Alto

Baixa

Baixa

Médio

Colecionadores ou reserva muito de longo prazo.

Contratos Futuros

Baixo

Alta

Média

Altíssimo

Traders experientes e arrojados.

Fundos

Médio

Média

Alta

Médio

Iniciantes, quem busca gestão profissional.

ETFs (GOLD11)

Baixo

Alta

Alta

Médio

A maioria dos investidores.

Ouro Digital

Médio

Alta

Alta

Médio

Modernos, quem busca pequenas frações.


 

Vantagens e Desvantagens do Ouro Como Investimento: Um Balanço Essencial

 

Entender os prós e contras é fundamental para qualquer investimento.

 

Vantagens:

 

  • Reserva de Valor Histórica: Mantém seu poder de compra há milênios, protegendo contra inflação e desvalorização monetária.

  • Diversificação Natural: Possui baixa correlação com ações e outros ativos, ajudando a reduzir a volatilidade geral da carteira de investimentos.

  • Liquidez Global: É aceito e negociado em qualquer lugar do mundo, podendo ser convertido em dinheiro rapidamente (especialmente nas modalidades de bolsa).

  • Segurança em Crises: Tende a se valorizar em momentos de incerteza econômica e geopolítica, atuando como um “porto seguro”.

  • Não Depende de Governo ou Empresa: O valor do ouro não está atrelado à saúde financeira de uma empresa ou à política monetária de um único governo.

 

Desvantagens:

 

  • Não Gera Renda Passiva: Diferente de ações que pagam dividendos ou Fundos Imobiliários (FIIs) que pagam aluguéis, o ouro não gera qualquer tipo de renda periódica. Seu ganho depende exclusivamente da valorização do preço de compra e venda.

  • Custos Operacionais: Dependendo da modalidade, pode haver taxas de administração (em fundos/ETFs), custos de armazenamento e seguro (para ouro físico), além do spread (diferença entre preço de compra e venda).

  • Volatilidade no Curto Prazo: Embora seja um ativo de segurança no longo prazo, o preço do ouro pode sim oscilar bastante em períodos menores. Não é ideal para especulação de curto prazo, a menos que seja com contratos futuros e muito conhecimento.

  • Tributação: Ganhos de capital com ouro são tributados pelo Imposto de Renda.


 

Como Incluir Ouro na Sua Carteira: Estratégias Práticas do EvoluiInvestTV

 

A alocação de ouro em sua carteira deve ser estratégica e alinhada ao seu perfil de risco e objetivos. Não existe uma porcentagem “mágica”, mas algumas diretrizes podem ajudar:

 

Estratégia 1: O Conservador (5-10% da carteira)

 

  • Perfil: Investidor conservador que busca proteção extra e diversificação com baixo risco.

  • Sugestão: GOLD11 (ETF de ouro) ou um fundo de ouro mais conservador.

  • Objetivo: Proteger o poder de compra e servir como diversificação contra a inflação e crises.

 

Estratégia 2: O Moderado (10-20% da carteira)

 

  • Perfil: Investidor moderado que busca boa proteção em cenários de incerteza, mas também potencial de valorização.

  • Sugestão: Combinação de ETF (GOLD11) (70%) + Fundo de ouro ativo (30%).

  • Objetivo: Proteção, potencial de ganhos e maior diversificação.

 

Estratégia 3: O Arrojado (20-30% da carteira – Cenário de Crise Extrema)

 

  • Perfil: Investidor arrojado em um cenário de crise econômica ou geopolítica iminente ou já instalada, onde a prioridade é a preservação de capital.

  • Sugestão: ETF + Contratos futuros (com muita cautela e conhecimento) + pequena parcela de ouro físico (se houver expertise).

  • Objetivo: Máxima exposição ao ouro como último refúgio. Atenção aos riscos ampliados!

 

Estratégia 4: O Especulador (Posição Tática e de Altíssimo Risco)

 

  • Perfil: Trader experiente com profundo conhecimento do mercado e alto apetite por risco.

  • Sugestão: Contratos futuros de ouro com alavancagem.

  • Objetivo: Lucrar com a volatilidade do ouro no curto prazo. Extremamente arriscado e não recomendado para a maioria dos investidores.


 

Quando Investir em Ouro: Timing e Cenários Econômicos

 

O ouro se valoriza em cenários específicos. Fique de olho nestes indicadores:

 

Cenários Favoráveis ao Ouro:

 

  • Alta inflação: Quando o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) sobe muito e corrói o poder de compra da moeda.

  • Crise econômica: Recessão, desaceleração econômica ou instabilidade nos mercados financeiros.

  • Tensões geopolíticas: Guerras, conflitos internacionais ou grande instabilidade política global.

  • Política monetária expansiva: Quando os bancos centrais injetam muito dinheiro na economia (diminuindo juros, imprimindo moeda), o que pode gerar inflação.

  • Dólar fraco: O ouro é cotado em dólares; um dólar fraco tende a tornar o ouro mais barato para compradores de outras moedas, aumentando a demanda e, consequentemente, o preço.

 

Cenários Desfavoráveis (Quando o Ouro Pode Perder Brilho):

 

  • Crescimento econômico forte: Em cenários de crescimento robusto, as ações de empresas tendem a ser mais atrativas, pois os investidores buscam maior rentabilidade.

  • Juros altos: Taxas de juros elevadas tornam investimentos em renda fixa mais atraentes, desviando capital do ouro, que não paga juros.

  • Estabilidade política e econômica: Em períodos de calmaria, a procura por ativos de porto seguro diminui.

  • Dólar forte: Um dólar forte torna o ouro mais caro para investidores de outras moedas, o que pode reduzir a demanda.


 

Tributação do Ouro: O Que Você Precisa Saber para Não Ter Problemas com o Leão

 

Assim como outros investimentos, os ganhos com ouro estão sujeitos ao Imposto de Renda no Brasil.

 

Imposto de Renda sobre Ganhos de Capital (Lucro na Venda):

 

As alíquotas variam conforme o prazo da operação:

  • Até 180 dias: 22,5% sobre o lucro.

  • 181 a 360 dias: 20% sobre o lucro.

  • 361 a 720 dias: 17,5% sobre o lucro.

  • Acima de 720 dias: 15% sobre o lucro.

 

Isenções Específicas:

 

  • Ouro ativo financeiro (ETFs, fundos, contratos futuros): Tributado normalmente, conforme as alíquotas acima.

  • Ouro físico (moedas/barras): Ganhos de capital com vendas que não ultrapassem R$ 35.000,00 mensais são isentos de Imposto de Renda. Acima desse valor, a tributação segue a tabela progressiva de ganhos de capital (15% a 22,5%).

 

Declaração no Imposto de Renda:

 

Todas as operações (compra, venda, permuta, doação, etc.) com ouro devem ser declaradas anualmente na ficha de “Bens e Direitos” (para saldo em 31/12) e os ganhos na ficha “Renda Variável” ou “Ganhos de Capital”, conforme a modalidade.

Perdas podem ser compensadas com lucros em operações futuras.

Dica: Use ferramentas ou softwares de cálculo de IR para investimentos para te ajudar a calcular seus impostos e preencher corretamente a declaração.


 

Recursos para Acompanhar o Mercado de Ouro e Continuar Aprendendo

 

O conhecimento é a base de todo bom investimento. Aprofunde-se!

 

Sites Especializados:

  • Investing.com: Cotação do ouro em tempo real, gráficos e notícias.
  • GoldPrice: Preços históricos, análises e tendências do mercado global de ouro.
  • Kitco: Notícias, análises e dados de mercado do ouro e outros metais preciosos.


Canais do YouTube para Acompanhar:

  • Primo Rico: Frequentemente aborda estratégias de investimento, incluindo o papel do ouro na carteira de investimentos [1].

  • Investidor Sardinha: Análises de commodities e cenário macroeconômico.

  • Warren Investimentos: Comentários sobre cenários macroeconômicos que afetam o preço do ouro.

 

Aplicativos Úteis:

 

  • Gold Live: Cotação do ouro em tempo real e gráficos.

  • Metals Live: Preços de metais preciosos, notícias e alertas.

  • Apps das Corretoras: Aplicativos como XP Investimentos, BTG Pactual, entre outros, para negociar ETFs e fundos de ouro.

 

Livros Essenciais para Aprofundar o Conhecimento:

 

  • “O Investidor Inteligente” – Benjamin Graham: Embora não seja sobre ouro, este clássico ensina princípios de investimento em valor e diversificação que são fundamentais para entender o papel do ouro em uma carteira resiliente.

  • “Alocação de Ativos” – Henrique Carvalho: Um guia prático sobre como construir e diversificar sua carteira de investimentos com diferentes classes de ativos, incluindo o ouro, de forma estratégica.


 

Erros Comuns ao Investir em Ouro (E Como Evitá-los para Proteger Seu Patrimônio)

 

Conheça os equívocos mais frequentes para não cair nas armadilhas:

  1. Investir Tudo em Ouro Físico:

    • Erro: Acreditar que comprar barras e guardar em casa é a melhor ou única forma de investir em ouro, ignorando os custos e riscos.

    • Solução: Para a maior parte da sua exposição ao ouro, prefira ETFs (como o GOLD11) ou fundos de ouro, que oferecem mais praticidade, segurança e menor custo.

  2. Esperar Enriquecimento Rápido:

    • Erro: Pensar que o ouro vai “dar 1000%” em 1 ano, buscando retornos especulativos.

    • Solução: Entenda que o ouro é, primariamente, um ativo de proteção e reserva de valor para o longo prazo, não uma aposta para enriquecer rapidamente.

  3. Não Considerar os Custos Totais:

    • Erro: Ignorar as taxas de administração (em fundos/ETFs), custos de armazenamento/seguro (em ouro físico) e impostos sobre o lucro.

    • Solução: Sempre calcule o custo total do investimento para entender o real impacto no seu retorno.

  4. Timing Errado (Tentando Prever o Mercado):

    • Erro: Comprar grandes volumes de ouro quando o preço já subiu muito, por medo de “ficar de fora” (FOMO) ou vender no pânico quando cai.

    • Solução: Faça aportes regulares (estratégia de Dollar-Cost Averaging – DCA), minimizando o impacto das oscilações de curto prazo e criando disciplina.

  5. Não Diversificar Dentro do Ouro:

    • Erro: Investir apenas em uma modalidade de ouro (ex: só ouro físico) ou não combinar o ouro com outras classes de ativos.

    • Solução: Diversifique a forma de acesso (combine ETFs, fundos e talvez uma pequena parcela de físico para quem gosta) e, principalmente, diversifique sua carteira geral com renda fixa e renda variável.


 

Ouro vs. Outros Investimentos: Uma Comparação Histórica

 

Para entender o papel do ouro, é bom vê-lo em perspectiva com outros ativos:

  • Ouro vs. Ibovespa (últimos 20 anos):

    • Ouro: +450% (em dólares, considerando a variação do metal).

    • Ibovespa: +320% (em reais, o principal índice da bolsa brasileira).

    • Correlação: Geralmente baixa ou negativa (ex: -0,3), o que significa que seus movimentos tendem a ser opostos ou não relacionados, confirmando o papel de diversificador.

  • Ouro vs. Dólar (últimos 10 anos):

    • Ouro: +180% (em reais).

    • Dólar: +150% (em reais).

    • Vantagem: O ouro muitas vezes oferece proteção similar ao dólar contra a desvalorização do real, mas com um potencial de valorização que pode ir além da simples paridade cambial.

  • Ouro vs. Inflação (IPCA):

    • Ouro: Historicamente, supera a inflação em cerca de 70% das décadas analisadas.

    • Proteção: É especialmente eficaz em períodos de alta inflação, quando moedas fiat perdem valor.


 

O Ouro Como Âncora da Sua Carteira no EvoluiInvestTV

 

O ouro não é uma aposta para ficar rico rapidamente – ele é uma âncora que mantém sua carteira estável e protege seu poder de compra quando os ventos econômicos ficam fortes.

Como disse o famoso investidor John Paulson: “O ouro é a melhor proteção contra a instabilidade do sistema financeiro.”

 

Principais takeaways (pontos-chave) para você investir em ouro com inteligência:

 

  • Diversificação é fundamental: O ouro deve ser uma parte, não a totalidade, da sua carteira de investimentos.

  • Escolha a modalidade certa: ETFs (como o GOLD11) e fundos de ouro são ideais para a maioria dos investidores, oferecendo praticidade e segurança.

  • Pense no longo prazo: O ouro é um ativo de proteção e reserva de valor, não para especulação de curto prazo.

  • Considere os custos: Taxas de administração e impostos impactam o retorno; sempre os inclua na sua análise.

  • Monitore cenários: Ajuste sua posição em ouro conforme a conjuntura econômica e geopolítica.

 

Sugestão de carteira equilibrada (exemplo para perfis moderados/arrojados, sempre adaptando ao seu caso!):

 

  • 60% Renda Variável: (ações nacionais e internacionais, fundos de ações, etc.)

  • 25% Renda Fixa: (CDB, Tesouro Direto, Debêntures, LCI/LCA)

  • 10% Ouro: (ETFs e/ou fundos de ouro)

  • 5% Outros Ativos: (REITs, commodities diversas, FIIs específicos, etc.)

O ouro tem seu lugar garantido na história da humanidade e na carteira de investimentos inteligentes.

Não deixe que crises futuras te peguem desprevenido – tenha seu “seguro dourado” sempre à mão!

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Importante: Este artigo tem caráter meramente informativo e educacional. As informações apresentadas não constituem, em hipótese alguma, recomendação de investimento. Todo investimento envolve riscos, e o desempenho passado não garante resultados futuros. Antes de tomar qualquer decisão de investimento, procure sempre um profissional certificado para analisar seu perfil e objetivos financeiros.